13/05/2025
IZ celebra dia do Zootecnista, profissional essencial para a produção animal

Celebrado em 13 de maio, o Dia do
Zootecnista foi criado em 1966 em homenagem à
data da aula inaugural do primeiro curso superior de Zootecnia no Brasil, na
cidade de Uruguaiana- RS. Bem antes desta data, desde 1905, já existia em São
Paulo o Posto Zootécnico Central, que hoje é denominado Instituto de
Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo, desenvolvendo inúmeras pesquisas e contribuindo para o
crescimento da Zootecnia no país.
Voltada à produção de alimentos de
origem animal, como carnes, ovos e leite, ou de matérias-primas como lã e
couro, a profissão do zootecnista envolve economia, administração, melhoramento
genético, ambiência, biotecnologia, bem-estar e o manejo reprodutivo e
nutricional, além da produção de alimentos e pastagens para animais. Com a
contribuição e atuação dos Zootecnistas no país, o Brasil se tornou um dos
maiores produtores de carne do mundo, gerando inúmeros empregos diretos e
indiretos e impulsionando a economia brasileira.
De acordo com o zootecnista Enilson
Ribeiro, diretor-geral do IZ, o Instituto é pioneiro no país no desenvolvimento
de pesquisa na área de Zootecnia. “Há mais de um século, o IZ desenvolve pesquisas com melhoramento genético, nutrição,
reprodução, sanidade e bem-estar de animais, manejo e conservação de pastagens
e forragens e Sistemas Integrados de Produção Agropecuária. Além de buscar o
aumento da produtividade animal e diminuição nos custos de produção nossas
pesquisas priorizam a diminuição dos impactos ambientais e melhor qualidade dos
produtos como carne, leite, e ovos”, relata.
A zootecnista Maria Eugênia Zerlotti
Mercadante é uma das pesquisadoras responsáveis pelo Programa de Melhoramento
Genético da Raça Nelore e Caracu do IZ, implementado em 1980. Segundo a
pesquisadora, no Instituto são realizadas coletas de dados de várias características de
crescimento, reprodução, eficiência alimentar, carcaça in vivo e emissão
de metano entérico, que contribuem para a identificação e seleção de animais
mais produtivos e eficientes. “Pesquisas do IZ já provaram por exemplo que
touros selecionados para eficiência alimentar produzem progênies [filhos] que consomem menos 220g de
alimento/animal/dia e emitem menos 6 g de metano entérico/animal/dia, sem
reduzir o peso e o ganho de peso dos animais. Isso parece pouco, mas em um
confinamento de 90 dias um animal desses economiza 20kg de alimento e deixa de
emitir 0,5 kg de metano entérico, e mil animais economizam 2 ton de alimento e
deixam de emitir 500 kg de metano no ambiente”, pontua Maria Eugênia. De acordo com a
pesquisadora, se extrapolarmos para o número de animais confinados e
abatidos no Brasil, o impacto do uso de touros selecionados para eficiência
alimentar é enorme na economia de alimento e na diminuição das emissões de
metano, isso com o mesmo peso de carcaça. “É economia na certa, e ainda com menor
pegada de carbono/kg de carne produzida. Os animais melhorados são
disponibilizados aos produtores através de leilões periódicos e venda de sêmen
e embriões, e estão melhorando rebanhos em todas as regiões do Brasil e em
países da América Latina, contribuindo para uma pecuária mais lucrativa e que
polui menos o ambiente”, comenta.
Também pesquisador do IZ o
zootecnista José Evandro de Moraes fala da importância da pesquisa na
Avicultura. “A Avicultura não apenas fornece uma fonte acessível de alimentos,
mas também impacta positivamente quando gerenciada de maneira adequada,
envolvendo questões como ampliação de ofertas de trabalho e empreendedorismo,
melhorias no controle de doenças, impactos ambientais, entre outros”, diz.
Segundo o especialista, as pesquisas sobre o tema ao longo de duas décadas
culminaram na concepção e firmamento do Laboratório de Aves e Ovos do Instituto
de Zootecnia (LAAVIZ), que oferece diversos serviços ao produtor, apoio à
pesquisa e análises laboratoriais com instituições parceiras dos setores
público e privado. “Vinculada ao LAAVIZ, está também a vitrine tecnológica de
avicultura, que possibilita a diversos grupos da sociedade interagir e
questionar práticas de manejo, treinamentos, acesso à cultura, e o despertar de
futuros pesquisadores e produtores, com atividades ligadas a avicultura
comercial, de subsistência e ornamental, exemplificada com estruturas que preconizam
práticas de bem-estar animal, capaz de promover melhorias em genética,
nutrição, manejo e saúde animal, garantindo a produção eficiente e sustentável
de aves”, acrescenta Moraes.
Por Alexandra Cordeiro
Assessoria de imprensa IZ
alexandra.cordeiro@sp.gov.br
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