25/04/2025
Teste de Eficiência Alimentar de Bovinos e Ovinos

Com o objetivo de melhorar a Sustentabilidade dos sistemas de produção
animal, o Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolve pesquisas com eficiência
alimentar de bovinos jovens e adultos e de ovinos para disponibilizar ao
produtor técnicas para melhorar a rentabilidade da produção. O Teste de
Eficiência Alimentar de bovinos e ovinos tem objetivo selecionar animais mais
eficientes, que necessitam de menor quantidade de alimento para alcançar o
mesmo desempenho. Animais mais eficientes ingerem menor quantidade de alimento
e água para produzir a mesma quantidade de produtos como leite, carne e outros,
com consequente diminuição da emissão de gases do efeito estufa e da produção
de dejetos dos animais, aumentando a sustentabilidade dos sistemas.
Para realização dos testes, no Instituto de Zootecnia, são utilizados
comedouros e bebedouros automáticos para medição de consumo. Os comedouros ficam
apoiados sobre células de carga e, a partir de sensores e coletores
inteligentes, fazem o registro eletrônico do alimento consumido por cada
animal. Já os bebedouros funcionam da mesma maneira e ainda estão associados a
uma balança de pesagem corporal que mede o peso do animal toda vez que ele entra
para ingerir água.
Segundo a pesquisadora Maria Eugênia Zerlotti Mercadante no CAPD
Bovinos de corte do IZ em Sertãozinho estes cochos eletrônicos são utilizados
desde 2012 possibilitando a realização dos testes para associações e criadores
e obtendo um grande banco de dados. “Bovinos mais eficientes comem cerca de 24%
menos alimentos, produzem 20% menos fezes e emitem 9% menos gás metano no
ambiente”, relata.
Na ovinocultura os resultados também são promissores. Segundo o
Pesquisador Ricardo Costa é possível selecionar animais que consomem cerca de
30% menos alimento para alcançar o mesmo ganho de peso. “Com a avaliação dos
dados gerados, conseguimos selecionar reprodutores e matrizes mais eficientes,
melhorando a produtividade do rebanho”, ressalta o pesquisador.
No Núcleo Regional do Instituto de Zootecnia
(IZ) em Ribeirão Preto, a criação coletiva de bezerros leiteiros jovens,
associada ao uso de alimentadores e bebedouros automáticos, possibilita o
monitoramento individual do consumo e do comportamento ingestivo de sucedâneo,
água e alimentos sólidos — como concentrados e forragens — durante as fases de
aleitamento e desaleitamento. A pesquisadora Márcia Saladini destaca que o
manejo nutricional na fase inicial de vida dos ruminantes impacta diretamente o
desenvolvimento, especialmente o ruminal. Um programa alimentar bem conduzido
nos primeiros meses, aliado a um desaleitamento gradual e adequado, resulta em
bezerras mais pesadas, com maior eficiência alimentar e melhor desenvolvimento
ruminal.
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