12/02/2025
Instituto de Zootecnia pesquisa nutrição livre de antibióticos para suínos

A
utilização de aditivos na nutrição colabora para atender demandas de mercados
em que o uso de antimicrobianos é proibido
Com mercado aquecido e projeções de crescimento
para 2025, a produção de suínos no Brasil deve chegar a cerca de 5,53 milhões
de toneladas neste ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada (Cepea/USP). Para que o Brasil se mantenha entre os maiores produtores
e exportadores de carne suína no mundo, deverá seguir à tendência de produção
sustentável e não utilização de antibióticos.
O Instituto de Zootecnia (IZ-Apta), vinculado à
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem investido
em pesquisas para produção de suínos mais sustentável, contribuindo
principalmente para melhoria na nutrição de leitões na fase de creche.
Segundo o pesquisador Fábio Enrique Lemos Budiño, o projeto “Resposta
fisiológica de leitões desmamados suplementados com bacteriocina nisina e
ácidos graxos de cadeia média”, financiado pela Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), “avalia o efeito da adição da
bacteriocina nisina e de ácidos graxos de cadeia média (AGCM) em dietas
iniciais sobre o desempenho, incidência de diarreia, parâmetros sanguíneos,
microbioma, histologia intestinal e mediadores inflamatórios”.
“O desmame é uma fase de grande estresse para os
leitões, além da separação da mãe, ocorre a mudança de ambiente, a passagem da
alimentação líquida para sólida, e o convívio com outros animais devido a
mistura de leitegadas. O uso de aditivos na dieta destes animais estimula o
consumo, melhora a digestibilidade e reduz o nível de transtornos alimentares
no pós-desmame, melhorando o desempenho dos animais”, destaca Budino.
Com
a utilização destes aditivos, é possível evitar a resistência bacteriana e com
isso atingir mercados em que o uso de antimicrobianos é proibido, aumentando a
exportação de carne e garantindo que o Brasil se mantenha entre os maiores
produtores e exportadores de carne suína no mundo.
A nisina é um
peptídeo que é produzido por bactérias comuns encontradas no leite, sendo
considerada um antibiótico natural contra bactérias Gran-positivas. Ela inibe a
multiplicação de bactérias patogênicas influenciando de forma positiva sobre a
modulação na microbiota intestinal. Já os acidificantes apresentam atividade
antimicrobiana, melhoram a digestão de proteínas, e influenciam positivamente
as vilosidades intestinais.
Por Alexandra
Cordeiro
Núcleo de
Comunicação Científica IZ
alexandra.cordeiro@sp.gov.br
F.: (19) 3476-0841
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