Teste de Eficiência Alimentar de ovinos realizado no Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, tem contribuído para o aumento da produtividade e sustentabilidade da ovinocultura no estado de São Paulo.

O teste visa a seleção animal por variáveis relacionadas à Eficiência Alimentar, ou seja, a quantidade de alimento que o animal consome e transforma em carne, leite ou outro produto de origem animal. O Consumo Alimentar Residual (CAR) é uma das medidas de eficiência que pode ser usada para identificar animais com menor exigência energética de manutenção, sobrando mais energia para transformar em produtos. Assim é possível selecionar os animais que consomem menos alimento e menos água para um mesmo ganho de peso.

De acordo com Ricardo Costa, pesquisador responsável pelo setor de Ovinos do IZ, é possível selecionar animais que consomem quase 40% menos alimento para alcançar o mesmo ganho de peso. No IZ são utilizados os cochos eletrônicos da Intergado, que possuem comedouros e bebedouros automáticos para medição de consumo e visitas. Estes comedouros ficam apoiados sobre células de carga e, a partir de sensores e coletores inteligentes, fazem o registro eletrônico do alimento consumido por cada animal. Já os bebedouros funcionam da mesma maneira, porém estão associados a uma balança de pesagem corporal voluntária do animal, o qual é pesado toda vez que entra para ingerir água.

De acordo com Costa, o IZ é a única instituição do Brasil a ter cochos eletrônicos para medição do consumo ovino. “Com a avaliação dos dados gerados, conseguimos selecionar os melhores animais que podem ser utilizados como reprodutores e/ou matrizes, melhorando a produtividade do rebanho”, ressalta o pesquisador.

Além de otimizar a rentabilidade da produção de ovinos, a seleção de animais mais eficientes colabora para diminuição dos impactos ambientais, já que será necessária menor quantidade de alimento e água para produzir a mesma quantidade de produtos como leite, carne e outros, com consequente diminuição da emissão de gases do efeito estufa e da produção de dejetos dos animais, aumentando a sustentabilidade dos sistemas produtivos de ovinos e a competitividade da atividade.

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